Brasília sedia a 2ª Bienal do Livro


Começa hoje à noite, em pavilhões montados ao lado da Rodoviária do Plano Piloto, a segunda edição da Bienal do Livro e da Leitura de Brasília. Na programação, palestra de um dos homenageados do evento, o uruguaio Eduardo Galeano. A abertura oficial acontece a partir das 10h de amanhã, com a inauguração da exposição O Traço do Pasquim no Combate à Ditadura, em cartaz no Café Literário Jorge Ferreira.

A feira ainda homenageia o brasileiríssimo Ariano Suassuna, autor de O Auto da Compadecida, além de relembrar os 50 anos do golpe militar, tema presente em diversos debates e mostras do evento. “A Bienal é feita para a sociedade de Brasília. É importante que sirva como espaço para reflexão de um dos momentos mais marcantes de nossa história recente”, afirma Nilson Rodrigues, coordenador da Bienal.

O show de abertura – que fica a cargo da banda Taracón – acontece às 22h, na Praça do Museu Nacional da República (Eixo Monumental). O grupo existe desde a década de 1970 e é composto por artistas de vários países da América Latina. No repertório, influências de ritmos brasileiros, andinos, caribenhos e africanos.

Ilustração

O Jornal de Brasília destaca algumas das várias atrações de amanhã, que já conseguem dar uma ideia do variado cardápio cultural oferecido pela Bienal este ano. Durante a manhã, o ilustrador Fernando de Castro Lopes lança Fernando Lopes – A Arte de Ilustrar, um livro-catálogo que reúne mais de 200 ilustrações produzidas em seus 30 anos de vida profissional. “Não foi uma escolha fácil, ficou muita coisa para um próximo livro”, comenta o autor. A edição do livro-catálogo permite, pela primeira vez, que o público tenha contato com o conjunto da obra do artista.

Destaque para as ilustrações jornalísticas do artista. “Espero que o brasiliense que conhece meu trabalho em jornais da cidade, como no próprio JBr., onde já trabalhei, venha ao lançamento me conhecer”, convida o ilustrador. A curadoria do livro ficou por conta da jornalista Graça Ramos e do ilustrador Pablo Julio.

E amanhã, mais música e  lançamentos

A partir das 14h30 de amanhã, o público da capital poderá conhecer um pouco mais da poesia do poeta de Cabo Verde, José Luiz Tavares, que fará palestra e um recital no auditório Nelson Rodrigues. Já o argentino Martín Kohan lança o livro Segundo Fora, às 15h, no auditório Jorge Amado.

A noite começa com a Mostra do Cinema Contra a Ditadura, às 19h30, com apresentação do filme Barra 68, do diretor  Vladimir Carvalho, seguido de debate com o autor, no Café Literário Jorge Ferreira.

Tem literatura feminina no seminário A Presença da Mulher na Literatura Africana, na Mesa I, com a escritoras Maria Celestina Fernandes (Angola), Olinda Beja (São Tomé e Princípe) e Lília Momplé (Moçambique), às 20h30, no auditório Nelson Rodrigues.

Show

Para encerrar o dia, acontece o Sarau Poético Brasiliense, no Café Literário Jorge Ferreira, às 21h30. No mesmo horário, a Praça do Museu da República recebe o show de Carlos Lyra, um dos maiores expoentes da bossa nova e da resistência à ditadura militar. 

No domingo, um dos destaques é o lançamento de A Biografia de Torquato Neto, livro de Toninho Vaz sobre o famoso poeta. O autor estará presente para bate-papo e sessão de autógrafos a partir das 15h30, no Café Literário.

Destaques na programação

Sexta-feira, 11 de abril

20h30 –  Palestra de Eduardo Galeano, no auditório do Museu da República

22h –  Show do grupo Taracón, na Praça do Museu Nacional da República 


Sábado, 12 de abril

14h30 –  Recital poético com José Luiz Tavares (Cabo Verde), no auditório Nelson Rodrigues

17h –   Narrativas contemporrâneas da história do Brasil, com Paulo Rezutti e Tiago Luís Sá e Paulo Rossi, no auditório Jorge Amado

17h –  Futebol e literatura, com Sérgio Rodrigues, Xico Sá e Paulo Rossi, no auditório Nelson Rodrigues

18h30 –  Lançamento de O Homem que Amava os Cachorros, de Leonardo Padura (Cuba), no auditório Nelson Rodrigues

 21h –  Sarau em homenagem a Juan Gelman, no auditório Nelson Rodrigues

22h –  Show de Carlos Lyra, na Praça do Museu Nacional da República

Por: Renata Noiar Fonte: Da redação do Jornal de Brasília


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